Os ventos revolucionários que
varreram a Arábia (Oriente Médio e África Sahel) no ano de 2011 envolvendo
Egito, Tunísia, Líbia, Síria, Iêmen e Bahrein são um reflexo direto da entrada
de Urano no signo de Áries.
Urano foi descoberto em meados do
século XVIII – especificamente em 13 de março de 1781, sendo imediatamente
relacionado pelos astrólogos aos eventos revolucionários que culminaram na
Declaração de Independência dos Estados Unidos, na Revolução Francesa e na
Inconfidência Mineira, não sem sangue, suor e lágrimas. Também é associado à
tecnologia e à eletricidade, sendo característico do “século das luzes”.
Áries, o primeiro signo do
zodíaco, é líder, explosivo e às vezes violento. Explicando melhor, não é a pessoa de Áries, mas sim o arquétipo do signo. Segundo as técnicas
astrológicas, a ação do planeta que transita (passa) pelo signo assume o filtro
deste signo. Traduzindo: a ação de Urano, que já era elétrica, revolucionária e
violenta, agora está modulada pelas características de Áries, a liderança e a
agressividade. Além disso, o planeta regente de Áries é Marte, o Deus da
Guerra.
A Astrologia Mundial é um ramo da
Astrologia que lida com a formação dos países e povos e analisa também o trânsito
dos planetas a nível mundial e seus efeitos. Esta característica (Urano em
Áries) foi observada no início do século XX - no mesmo período que antecedeu as
duas grandes guerras.
No meio astrológico já
esperávamos a queda dos poderosos e a sublevação de populares, características
que se expandem até as revoltas de junho de 2013 no Brasil. As ditaduras tendem
a ser derrubadas de baixo para cima, não sem revoltas, não sem guerras, não sem
armas. Neste interim foram derrubados Muammar Kadafi da Líbia e Saleh do Iêmen,
por exemplo. Bashar-al-Assad, da Síria, ainda resiste.
Transições para a democracia são
esperadas, assim como ocorreu na Tunísia.
Porém, para saber o que podemos
esperar, devemos retornar para 1914/1945 para ver o que ocorreu no período
abrangido pelas duas guerras.
Com a primeira guerra o mapa
geopolítico mudou, com alguns estados anexados e impérios derrotados. A
Alemanha (que, fora do pacto colonial, precisava conquistar terras e mercados
de outro modo), foi fragorosamente derrotada, tendo que pagar uma indenização
vultosa para os aliados e sendo impedida de produzir armamento ou mesmo de
manter um exército. O decréscimo econômico decorrente, a desvalorização do
Marco Alemão junto ao ferimento profundo causado no orgulho ariano fez com que
partidos ultranacionalistas, como o Partido Nacional-Socialista (conhecido como
Nazi) alcançasse o poder, trazendo ao
mundo o fenômeno Hitler (em outro artigo analisaremos a relação deste com o
ocultismo).
Ou seja, as revoltas e ações, o
barril de pólvora que deu início aos conflitos tem sua relação astrológica com
Urano em Áries.
Porém, com a passagem de Urano
para Touro, vemos o fortalecimento das elites e o recrudescimento dos esforços
populares, visto que o furor revolucionário de Urano fica modulado pelas
características energéticas de Touro/terra – caracterizados pela frieza e pela
secura. Isso quer dizer que o povo vai acabar pulando do fogo para a fogueira
(o que já vemos com o fortalecimento dos grupos extremistas, como o ISIS
(Estado Islâmico) e o Boko Haram), ou
a ascensão dos jihadistas em diversos
estados árabes. No Brasil tivemos a forte oposição à esquerda, chegando mesmo a
se falar em retorno da ditadura militar.
Não podemos nos esquecer do
trânsito de Plutão por Capricórnio – que mantém o poder nas mãos da elite
poderosa – e de Netuno por Peixes, deixando um véu que nubla nossas percepções
e tornando cada manifestação em uma ferramenta poderosa para a perpetuação do status quo.
Apesar de não haver previsão de
novas grandes guerras, há a previsão de esforços multilaterais pela
estabilização da democracia, e depois pela guerra interna às elites para que os
problemas não se perpetuem.
(Publicado originalmente em www.jornalavozdebarueri.com.br em fev/2015)