sábado, 21 de fevereiro de 2015

Os movimentos astrológicos e as revoltas populares atuais

Os ventos revolucionários que varreram a Arábia (Oriente Médio e África Sahel) no ano de 2011 envolvendo Egito, Tunísia, Líbia, Síria, Iêmen e Bahrein são um reflexo direto da entrada de Urano no signo de Áries.
Urano foi descoberto em meados do século XVIII – especificamente em 13 de março de 1781, sendo imediatamente relacionado pelos astrólogos aos eventos revolucionários que culminaram na Declaração de Independência dos Estados Unidos, na Revolução Francesa e na Inconfidência Mineira, não sem sangue, suor e lágrimas. Também é associado à tecnologia e à eletricidade, sendo característico do “século das luzes”.
Áries, o primeiro signo do zodíaco, é líder, explosivo e às vezes violento. Explicando melhor, não é a pessoa de Áries, mas sim o arquétipo do signo. Segundo as técnicas astrológicas, a ação do planeta que transita (passa) pelo signo assume o filtro deste signo. Traduzindo: a ação de Urano, que já era elétrica, revolucionária e violenta, agora está modulada pelas características de Áries, a liderança e a agressividade. Além disso, o planeta regente de Áries é Marte, o Deus da Guerra.
A Astrologia Mundial é um ramo da Astrologia que lida com a formação dos países e povos e analisa também o trânsito dos planetas a nível mundial e seus efeitos. Esta característica (Urano em Áries) foi observada no início do século XX - no mesmo período que antecedeu as duas grandes guerras.
No meio astrológico já esperávamos a queda dos poderosos e a sublevação de populares, características que se expandem até as revoltas de junho de 2013 no Brasil. As ditaduras tendem a ser derrubadas de baixo para cima, não sem revoltas, não sem guerras, não sem armas. Neste interim foram derrubados Muammar Kadafi da Líbia e Saleh do Iêmen, por exemplo. Bashar-al-Assad, da Síria, ainda resiste.
Transições para a democracia são esperadas, assim como ocorreu na Tunísia.
Porém, para saber o que podemos esperar, devemos retornar para 1914/1945 para ver o que ocorreu no período abrangido pelas duas guerras.
Com a primeira guerra o mapa geopolítico mudou, com alguns estados anexados e impérios derrotados. A Alemanha (que, fora do pacto colonial, precisava conquistar terras e mercados de outro modo), foi fragorosamente derrotada, tendo que pagar uma indenização vultosa para os aliados e sendo impedida de produzir armamento ou mesmo de manter um exército. O decréscimo econômico decorrente, a desvalorização do Marco Alemão junto ao ferimento profundo causado no orgulho ariano fez com que partidos ultranacionalistas, como o Partido Nacional-Socialista (conhecido como Nazi) alcançasse o poder, trazendo ao mundo o fenômeno Hitler (em outro artigo analisaremos a relação deste com o ocultismo).
Ou seja, as revoltas e ações, o barril de pólvora que deu início aos conflitos tem sua relação astrológica com Urano em Áries.
Porém, com a passagem de Urano para Touro, vemos o fortalecimento das elites e o recrudescimento dos esforços populares, visto que o furor revolucionário de Urano fica modulado pelas características energéticas de Touro/terra – caracterizados pela frieza e pela secura. Isso quer dizer que o povo vai acabar pulando do fogo para a fogueira (o que já vemos com o fortalecimento dos grupos extremistas, como o ISIS (Estado Islâmico) e o Boko Haram), ou a ascensão dos jihadistas em diversos estados árabes. No Brasil tivemos a forte oposição à esquerda, chegando mesmo a se falar em retorno da ditadura militar.
Não podemos nos esquecer do trânsito de Plutão por Capricórnio – que mantém o poder nas mãos da elite poderosa – e de Netuno por Peixes, deixando um véu que nubla nossas percepções e tornando cada manifestação em uma ferramenta poderosa para a perpetuação do status quo.

Apesar de não haver previsão de novas grandes guerras, há a previsão de esforços multilaterais pela estabilização da democracia, e depois pela guerra interna às elites para que os problemas não se perpetuem.

(Publicado originalmente em www.jornalavozdebarueri.com.br em fev/2015)

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