Para bons entendedores, meia palavra basta...
Hitler e a sua astrologia
de guerra
Ingleses tentaram sabotar o adivinho de Hitler
Em público, Adolf Hitler dizia que acreditar em
astrologia era “estupidez própria de mentes infantis”. Mas o Führer mantinha a
seu lado um astrólogo, o suíço Karl Ernest Kraft. Alguns pesquisadores dizem
que foi o alinhamento dos planetas que definiu o começo das principais
campanhas da Alemanha na Segunda Guerra. Hitler levava a astrologia tão a sério
que uma unidade secreta britânica pensou em contra-atacar com um
astrólogo-espião, o alemão Louis de Wohl. Ele ganharia a confiança do Führer e
assumiria o lugar de Kraft. O projeto não saiu do papel por causa da
resistência do governo inglês.
A ASTROLOGIA NA SEGUNDA GUERRA
MUNDIAL
A astrologia é, de fato, uma linguagem internacional, porém,
como acontece com todas as coisas, pode ser muito mal usada
Em 1939, durante a II Guerra Mundial, Hitler começou a
recorrer a astrólogos.
Os SS prenderam o astrólogo Wilhelm Wulff e o coagiram a
trabalhar para o III Reich, fazendo horóscopos para pessoas, nações, grupos e
movimentos políticos. Mas Hitler decretou publicamente que a prática da astrologia estava
banida na Alemanha.
Em seu livro O Zodíaco e a Suástica, Wulff cita uma frase atribuída a Heinrich Himmler: “No III
Reich nós proibimos a astrologia. Não podemos permitir que nenhum astrólogo
siga a sua profissão, exceto aqueles que estão trabalhando para nós. No Estado
Nacional Socialista, a astrologia deve permanecer como um privilegium singulorum. Ela não se destina às massas”
Um astrólogo estaria brincando com a sorte caso ousasse fazer
o horóscopo de Hitler sem a aprovação oficial. Contudo, um astrólogo suíço,
Karl Ernst Krafft, já tendo utilizado seus conhecimentos para predizer
tendências do mercado produtor, disse que a vida de Hitler estaria em risco
entre 7 e 10 de novembro de 1939.
Quando uma bomba explodiu a 7 de novembro, exatamente alguns
momentos após Hitler ter deixado o local de uma comemoração de aniversário,
Krafft telegrafou para Herman Hess da SS a fim de avisá-lo de que Hitler não
estaria em segurança por mais alguns dias ainda. Foi imediatamente preso.
Mais tarde, porém, foi libertado para trabalhar em prol da causa alemã.
Os ingleses foram informados sobre os serviços astrológicos prestados
por Krafft a Hitler, e eles resolveram contratar o melhor astrólogo que
encontraram para antever as previsões de Krafft.
Desse modo, os ingleses não só puderam saber o que Hitler
estava pensando, como também infiltraram propaganda pró-Aliados, através de
previsões semelhantes às de Krafft, nas mãos de Hitler.
Churchill, após haver dito que “Afinal de contas, por que
Hitler deve ter o monopólio dos astrólogos?”, prontamente contratou Louis de
Wohl. (De Wohl tinha previsto com exatidão a deflagração da guerra e a
invasão da Polônia em 1931, durante um jantar de gala ao qual compareceu Lorde
Halifax. De Wohl conhecia todos os cinco astrólogos supostamente a serviço de
Hitler, e já trabalhara com Krafft, estando familiarizado com seus métodos.)
No seu primeiro memorando dirigido ao Ministério da Guerra
Britânico em 1940, ele advertiu que os alemães não invadiriam a Inglaterra porque
tinha certeza de que os astrólogos de Hitler não o aconselhariam a tomar tal
decisão.
Após a guerra, Ellic Howe, um amigo de Wilhelm Wulff que
trabalhava no Serviço Secreto Inglês, descobriu um grande número de informações
nos arquivos da Gestapo sobre a utilização da astrologia pelo III Reich.
Baseando-se nessas informações, escreveu um livro intitulado: Astrologia: uma história
recente, incluindo a história inédita de seu papel na II Guerra Mundial.
Extraído do livro O Signo Ascendente, de Jeanne Avery, editora Nova Fronteira, 1982.
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