sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Àqueles que consideram a Astrologia apenas uma crendice


Fiquei sabendo por intermédio de alguns alunos de escolas estaduais e particulares sobre um fato lamentável. Alguns educadores vêm denegrindo a imagem da arte perante aqueles por quem têm responsabilidade sobre a formação.

Não acredito que este fato tenha sido causado propositalmente, preferindo crer que isto se deve ao desconhecimento por parte dos professores desta arte com mais de 6000 anos de história e classificada no ministério do trabalho como CBO - 5167-05 – Astrólogo ou Cosmoanalista.

A Astrologia tem sua origem na antiga Caldéia, tendo seus primeiros suspiros juntamente com os primórdios da civilização. É, portanto, uma das mais antigas profissões do mundo.

Atravessou períodos de grande prestígio seguidos por períodos de perseguição. Até o século XV – mais especificamente até 1523, constituía um dos pilares principais ensinados nas escolas de medicina européias, sendo banida das universidades com o surgimento das pesquisas e descobertas sobre a Anatomia, o que fortaleceu o conceito mecanicista do corpo humano, sendo, portanto, dispensável qualquer outra ciência que conectasse o homem com algo maior. Embora grandes personalidades da história da ciência tenham sido astrólogos (e mesmo místicos), a arte da Astrologia continuou execrada até o início do século XX e as pesquisas de Carl Gustav Jung, discípulo de Freud e um dos maiores médicos de todos os tempos. Nesta lista de grandes nomes da ciência que se dedicaram às pesquisas de Astrologia, podemos citar, entre outros:

- Johannes Kepler

- Sir Isaac Newton (praticante e Imperator da Ordem Rosacruz)

- Phillipe Aureolus Von Paracelsus

- Nicholas Culpeper

- Francis Bacon

Já o Doutor Jung ficou fascinado pela exploração dos sistemas astrológicos como signos que estabelecem a conexão entre o ser e os Arquétipos Universais. Ele também encontrou a mesma correlação no Tarot. Esta, aliás, é a premissa da Astrologia Moderna. Ninguém que a estude seriamente vai crer que o planeta enquanto corpo físico vai influenciar alguma coisa física na Terra. Porém cada planeta é uma representação simbólica de forças arquetípicas latentes na longa história humana. Assim é que Marte representa o guerreiro, Vênus a amante, Júpiter a Lei e Urano a Liberdade.

Hoje, no Brasil, além das centenas de praticantes, temos também a ABA – Associação Brasileira de Astrologia, o Sindicato dos Astrólogos e diversas escolas que formam astrólogos competentes para prosseguir com a Arte.

Simpósios e Congressos são organizados anualmente, e é digna de nota a Semana Brasileira da Astrologia, quando centenas de estudantes expõem suas pesquisas, e também a Astrológika, em São Paulo, onde dezenas de palestrantes explicitam suas pesquisas e trabalhos.

Recentemente, nos domínios da Escola Gaia de Astrologia, em São Paulo, tivemos o encontro “Astrologia e as previsões para 2012”, onde seis profissionais da Astrologia, da Economia e da História discutiram sob a ótica destas três ciências os caminhos do mundo para 2012.

É famosa a história do ex-presidente francês François Mitterrand, que jamais tomava uma decisão que não estivesse alicerçada pelo seu astrólogo particular. E estes são os casos que são explicitados. Sabemos que a CIA mantém, além de profissionais da vibroturgia, também astrólogos em suas fileiras. As grandes redes de televisão não lançam um único programa sem consultar as datas propícias através da Astrologia Eletiva, assim como o Bispo da Record mantém seu astrólogo particular.

Aliás, a prática é muito comum na Índia, onde a Astrologia é profissão de estado e ninguém inicia qualquer coisa sem consultar a astrologia védica, de casamentos a novos empreendimentos, assim como na China, famosa por sua astrologia anual.

Perseguida pela Igreja Católica durante milênios é notório como dentro das catedrais européias há simbolismo astrológico, chegando ao cúmulo de, no Mosteiro de São Bento, em São Paulo, onde dormiu o Papa Bento XVI quando de sua visita ao Brasil, há sob uma cúpula o Zodíaco com seus respectivos sinais astrológicos. Famosos também são os vitrais da Catedral de Notre Dame.

Além desta rica história milenar, a astrologia hoje também se ramificou, sendo detentora de diversos ramos como a Astrologia Clássica, a Astrologia Uraniana, Astrologia Horária, Astrologia da infância e adolescência, Astrologia Mundial, Astrologia Vocacional e outras. Psicólogos e terapeutas utilizam a técnica em suas consultas. A Astrologia Empresarial orienta grandes empresas nas melhores escolhas. Algumas empresas contratam a consultoria de um astrólogo para as seleções de Recursos Humanos.

Portanto, antes de considerar a Astrologia como uma crendice, peço aos professores que considerem antes como uma rica história antropológica e sociológica, uma Arte abrangente que esteve presente inclusive nos antigos impérios pré-americanos. Ou seja, algo importante para a história da sociedade. Considerem também os milhares de estudantes sérios que hoje procuram a Faculty of Astrological Studies que fica nas dependências da própria Universidade de Oxford, prestigiado centro acadêmico europeu. Considerem também os projetos que tramitam no congresso brasileiro aguardando votação para considerar a Astrologia uma profissão, voltando a figurar nos currículos das principais universidades brasileiras.

Não podemos deixar que a imagem de uma profissão tão antiga seja deturpada pela ação de falsos profissionais, assim como não podemos considerar toda a Medicina um engodo por causa dos falsos médicos ou todo o professorado incompetente por causa de dois ou três indivíduos que não se preparam adequadamente para a difícil missão que é dar aulas neste país onde a educação está a cada dia mais fragilizada.



Luiz Junior – Astrólogo

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